Ranking da ANNEL aponta que o Maranhão é o 2º estado onde mais falta energia e onde o fornecimento mais demora a voltar
Indicadores que medem a duração e a frequência das interrupções do fornecimento de energia elétrica no Brasil, divulgados esta semana pela Agência Nacional de Elétrica (ANEEL), apontam que a Equatorial Maranhão é a segunda pior colocada desse ranking, dentre 29 empresas do setor energético avaliadas. O resultado significa que o Maranhão é o segundo estado brasileiro onde falta mais energia e onde o fornecimento mais demora a ser restabecido.
Os dados gerais mostram que a qualidade da distribuição de energia elétrica alcançou, em 2022, o melhor resultado da série histórica acompanhada desde 2000. Por outro lado, revelam que a concessionária maranhense de energia elétrica foi na contramão do cenário nacional, pelo menos no quesito avaliado, que está diretamente relacionado à eficiência da prestação dos serviços aos consumidores.
No levantamento, a ANEEL apurou os indicadores DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora, que é o tempo que, em média, no período de observação, cada unidade consumidora ficou sem energia elétrica – e FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora, correspondente ao número de interrupções ocorridas, em média, no período de observação.
A classificação foi elaborada com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), que leva em conta a duração e a frequência das interrupções em relação ao limite estabelecido pela ANEEL.
Vice-lanterna
Em penúltimo lugar no ranking da duração e da frequência das interrupções do fornecimento de energia elétrica, a Equatorial Maranhão só supera a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) do Rio Grande do Sul, pertencente ao mesmo conglomerado energético. Dentre as concessionárias de grande porte (com mais de 400 mil consumidores), que somam 29 empresas do setor, a distribuidora maranhense registrou DGC 1,26, desempenho menor apenas do que o da distribuidora gaúcha, que alcançou 1,57. A título de comparação, a primeira colocada, a Companhia Jaguari de Energia (CPFL SANTA CRUZ, SP), obteve índice de 0,52, o que significa menos da metade do tempo de duração e da frequência das quedas de energia no período analisado em relação à Equatorial Maranhão.
Completa a lista das três concessionárias com maior duração e frequência de interrupções do fornecimento de energia elétrica, junto com a Equatorial CEEE (RS) e a Equatorial Maranhão, a Equatorial Goiás, antepenúltima colocada.
Na parte superior do ranking, além da CPFL SANTA CRUZ, SP, campeã da avaliação, aparecem, pela ordem, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN, RN) e a Energisa Tocantins (ETO, TO). A distribuidora que mais evoluiu em 2022 foi a CPFL PAULISTA (SP), com um avanço de 11 posições, seguida por CPFL PIRATININGA (SP) e CPFL SANTA CRUZ (SP), que melhoraram, respectivamente, oito e quatro colocações, em comparação com o ano de 2021.
As concessionárias que mais regrediram no ranking foram a COPEL (PR), que registrou queda de 12 posições, seguida por ESS (SP), COELBA (BA), ELEKTRO (SP) e CEMIG (MG), todas com recuo de quatro colocações em comparação a 2021.
Média nacional
O levantamento da ANEEL aponta que os consumidores brasileiros ficaram 10,93 horas, em média, sem energia (DEC) no ano, o que representa uma redução de 7,2% em relação a 2021, quando registrou-se 11,78 horas, em média. A frequência (FEC) das interrupções se manteve em trajetória decrescente, reduzindo de 5,99 interrupções em 2021 para 5,37 interrupções, em média, por consumidor, em 2022, o que significa uma melhora de 10,4% no período.
O gráfico abaixo exibe o ranking e outros dados apurados pela ANEEL:
Saiba mais aqui.Fonte: Blog do Daniel Matos