UVZ discute pesquisa em que Aedes aegypti pode nascer já infectado
Visando sempre atualizar as informações no combate às arboviroses, a Unidade de Controle de Zoonoses (UVZ) promoveu na manhã dessa segunda-feira (4), uma roda de conversa com supervisores para tratar de uma pesquisa da Universidade Federal de Goiás, onde mostra que o Aedes aegypti pode nascer já infectado por vírus como o da Zika ou da chikungunya.
“É sempre importante essas atualizações, ainda mais nesse período crítico a nível nacional, e se tratando de profissionais que atuam na linha de frente de combate ao mosquito, que estão diariamente nas casas vistoriando, principalmente orientando a população quanto às formas de proteção contra a dengue, a chikungunya e a Zika”, disse Natanael dos Reis, coordenador da UVZ.
A pesquisa usou ovos de mosquitos de sete regiões diferentes de Goiânia. Eles foram coletados em armadilhas e placas instaladas pela Vigilância Sanitária. O material foi levado para o laboratório de genética molecular da Faculdade de Biologia da Universidade Federal de Goiás. Os cientistas examinaram inseto por inseto e descobriram que nenhum deles nasceram com dengue, mas 20 tinham o vírus da Chikungunya e 10 estavam com o da Zika, mesmo sem ter tido contato com humanos contaminados. É a chamada transmissão vertical.
Os pesquisadores reforçam que a melhor forma de controle do Aedes aegypti ainda é evitar locais que possam ser de criadouro para o mosquito. “Dificilmente alguém verifica por trás da geladeira, e em ralo de banheiro. Nós somos especialistas em encontrar esses criadouros, e essa pesquisa mostra a importância de combatermos o imaturo”, destacou o agente Sérgio Henrique.