Por Wybson Carvalho.
CAXIAS
Neste
05 de julho, a cidade completa 177 anos de emancipação política.
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Caxias, conhecida por seus encantos e as belas poesia de seus filhos ilustres. A eterna Princesa do Sertão maranhense! |
A história de Caxias
começa, no século XVII, com o Movimento de Entradas e Bandeiras ao interior
maranhense para o reconhecimento e ocupação das terras, às margens do Rio
Itapecuru, durante a invasão francesa no Maranhão, principalmente, com o
trabalho valoroso dos missionários religiosos em busca de almas para a fé
cristã.
O local onde se acha situada a bela cidade de
Caxias foi, primitivamente, um agregado de grandes aldeias dos índios Timbiras
e Gamelas que conviviam pacificamente com os franceses. Porém, com a expulsão
dos franceses do Maranhão, em 1615, os portugueses reduziram tais aldeias à
condição de subjugadas e venderam suas populações, como escravos, ao povo de
São Luís.
Várias denominações foram impostas ao lugar,
dentre as quais: Guanaré - denominação indígena -, São José das Aldeias Altas,
Freguesia das Aldeias Altas, Arraial das Aldeias Altas, Vila de Caxias e,
finalmente, através da Lei Provincial, número 24, datada de 05 de julho de 1836, fora
elevado à categoria de cidade com a denominação de Caxias. Foi na Igreja de São Benedito que, em 1858, o
antístite da Igreja Maranhense, Dom Manoel Joaquim da Silveira, denominou
Caxias com o título: “A Princesa do Sertão Maranhense”.
É bom lembrar que, ao contrário do que muita
gente pensa, o nome Caxias não se atribui a Luís Alves de Lima e Silva, patrono
do Exército Brasileiro. Ele, sim, recebeu o título Barão de Caxias, por ter
sufocado a maior revolta social existente no Estado do Maranhão: a Balaiada. A
cidade de Caxias foi palco da última batalha do movimento revoltoso.
Posteriormente, já em terras do Rio de Janeiro, o Barão de Caxias fora
condecorado, novamente, com o título de Duque de Caxias.
Geralmente quando os
portugueses criavam, num lugar - Vila - davam-lhe o nome, às vezes criando uma
homônima do Reino nas Colônias. Inicialmente, a grafia “Cachias” viera de
Portugal, que se refere a uma excelente Quinta Real que existia nos arredores
de Lisboa perto de Oeiras (Portugal) outra bonita quinta do Márquez de Pombal,
que era também residência real. Nessa área existia uma estação de caminho de
ferro de Cascaes, onde cascaes é lugar que tem uma estação balneária, com água
excelente e caldas térmicas muito procuradas para o tratamento de paralisias e
reumatismo.
Situada na meso-região do leste maranhense e na
micro-região do Itapecuru, Caxias tem uma área de 5.313.10 Km² dentre os 333.365,00 Km² do Estado e está a 365 quilômetros da
capital do Maranhão, São Luis, e, atualmente, tem uma população de,
aproximadamente, 156 mil habitantes. Geograficamente, em relação ao território
nacional, o município de Caxias está
localizado na região Nordeste do Brasil, Oeste do Norte Brasileiro e a Leste do
Estado do Maranhão.
Delimitada, a atual área do
município equivale somente a 45,45% da área original de 11.691 Km², antes das
emancipações de Timon, Aldeias Altas, Coelho Neto, Codó, São João do Sóter. É limitada; ao norte pelos municípios de Codó, Aldeias
Altas e Coelho Neto; ao sul pelos municípios de São João do Sóter, Governador
Eugênio Barros, Parnarama, Matões, e Timon; ao leste pelo Estado do Piauí; a
oeste pelos municípios de Buriti Bravo e Gonçalves Dias.
Para o orgulho de todos caxienses, a cidade de Caxias está
eternizada pelos seus filhos: o poeta, Antônio Gonçalves Dias, e o filósofo,
Raimundo Teixeira Mendes, em dois dos principais símbolos nacionais: o Hino
Nacional Brasileiro e a Bandeira Nacional Brasileira, respectivamente.
No Hino
Nacional Brasileiro, há em uma das suas estrofes dois versos do poeta Gonçalves
Dias:
“Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida em teu seio mais amores.”
Na
Bandeira Nacional Brasileira, há a insígnia no centro extraída do Lema
Positivista escrito pelo seu idealizador e filósofo caxiense Teixeira Mendes:
“O povo brasileiro, assim como a maioria dos povos ocidentais, acha-se
urgentemente solicitado por duas necessidades, ambas imperiosas e que se resumem
em duas palavras:
“ORDEM E PROGRESSO”.
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Devemos, pois,
pugnar por essas características, e, sobretudo,
pelo cunho cívico
de amor a nossa terra.
Wybson Carvalho é poeta e membro da Academia Caxiense de
Letras.