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Quando vi o reboliço da blogosfera dinista em torno da matéria “bombástica” da revista IstoÉ intitulada “Sob o risco de perder o poder, família Sarney lança campanha predatória contra Flávio Dino”, percebi que poderia ter outros tantos mil interesses por trás da simples preocupação pelo jornalismo político da revista do senhor Domingo Alzugaray, dono da editora Três.
Não se pode negar que a estratégia de nacionalizar a eleição do Maranhão pode render bons frutos midiáticos à candidatura do “Flávio”.
O problema é que, no caso específico dessa matéria de IstoÉ, o texto deixa muitos rastros de desconfiança de que a pauta surgiu a partir de uma “encomenda” feita lá pra bandas de um certo Palácio localizado na Praça Pedro II, no centro de São Luis.
Até o subtítulo da matéria deixa evidências sobre a origem da reportagem: “Sob o risco de perder o poder no Maranhão pela primeira vez em quase meio século, a família do ex-presidente [José Sarney] lança campanha predatória contra o principal candidato da oposição”.
Como assim “pela primeira vez”?
Alguém ao menos poderia ter avisado ao jornalista Claudio Dantas Sequeira, autor da matéria, que o grupo Sarney já correu “risco” de perder a eleição em outras vezes, inclusive chegou a perder uma em 2006.
Enfim, a própria maneira pela qual a imprensa, principalmente a blogosfera ligada ao projeto de poder de Flávio Dino, e um certo dirigente do PCdoB comemoram a matéria de IstoÉ, acabou tirando o “brilho” de jornalismo político da reportagem.
Eleição é uma guerra de comunicação.
Faz parte.
Blog do Robert Lobato
