Municípios maranhenses estão no prejuízo
Os municípios maranhenses amargarão neste mês de julho a maior perda,
até o momento, de recursos oriundos do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), cujos repasses são feitos pelo Governo Federal.
Levantamento elaborado pela Federação dos Municípios do Estado do
Maranhão (Famem), com base em informações e previsões do Tesouro
Nacional, aponta que, até o fim deste mês, será registrada uma queda
estimada em cerca de R$ 43 milhões em relação aos primeiros seis meses
de 2015.
A parcela depositada nas contas das prefeituras na última sexta-feira
(10), correspondente ao primeiro decênio de julho, apresentou queda de
38% referente as primeiras parcelas de cada mês neste primeiro semestre.
E a previsão do Tesouro Nacional é de que as próximas duas parcelas a
serem depositadas nos dias 20 e 30 sofram novos déficits.
Ainda segundo o Tesouro, agosto e setembro, juntos, deverão registrar
perdas de recursos ainda maiores e que poderão chegar a quantia de R$
84 milhões.
A queda brutal de recursos do FPM no começo deste mês fez com que
prefeitos e prefeitas não obtivessem nenhum fôlego financeiro, muito
embora o Governo Federal tenha depositado a complementação de 0,5% do
Fundo.
“O complemento de 0,5% estava sendo visto como um fôlego para a crise
financeira vivida, hoje, pelas cidades maranhenses e do Brasil. No
entanto, juntamente com o complemento veio a redução drástica de 38% do
repasse obrigatório, o que nos deixou atônitos, preocupados. Ou seja, o
Governo Federal deu com uma mão e retirou muito mais com a outra”,
afirmou o presidente da Famem, prefeito Gil Cutrim (São José de
Ribamar).
Ele explicou que a entidade municipalista continua orientando os
gestores municipais a se manterem atentos com relação a situação de
crise ocasionada pela queda de recursos.
“Estamos permanentemente passando orientações aos gestores para que
estes tentem manter a máquina administrativa operando de maneira mais do
que enxuta. Infelizmente, a situação, a cada mês, se agrava e quem
sofre com esta política financeira perversa do Governo Federal é o povo,
que perde investimentos nas mais diversas áreas, dentre elas saúde,
educação e infraestrutura”, disse Cutrim.