terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Maioria dos senadores maranhenses votam favorável a PEC do Teto  


Nesta terça-feira (13), o Senado Federal, apesar de inúmeros protestos, aprovou a polêmica PEC – Proposta de Emenda a Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.
O texto foi aprovado por 53 votos a favor e 16 contra, uma diferença menor do que foi aprovado no 1º Turno, quando a votação foram 61 votos a favor e 14 contrários. Para a aprovação, eram necessários três quintos (49) dos votos dos 81 senadores.
A maioria dos senadores do Maranhão votaram favoravelmente a PEC. Os senadores Edison Lobão (PMDB) e Pinto da Itamaraty (PSDB) – que está substituindo Roberto Rocha (PSB) – votaram favoráveis. Já o senador João Alberto (PMDB) esteve ausente da importante sessão.
A sessão do Congresso Nacional destinada à promulgação está marcada para as 9h desta quinta-feira (15).
Plenário da AL faz um minuto de silencio pela morte do ex-governador João Castelo 

Agencia Assembleia 

O plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão,  na manhã desta terça-feira (13), fez um minuto de silêncio pelo falecimento do ex-governador João Castelo, ocorrido no último domingo (11). Em seguida os deputados Júnior Verde (PRB), Marco Aurélio (PCdoB), Sérgio Frota (PSDB), Eduardo Braide (PMN), Rafael Leitoa (PDT) e Vinícius Louro (PR), em pronunciamentos feitos da tribuna, lamentaram a morte de Castelo e destacaram a importância dele no cenário político maranhense. 
 
O deputado Júnior Verde ao externar os sentimentos aos familiares de João Castelo, destacou o requerimento de sua autoria e de Raimundo Cutrim (PCdoB) - subscrito pelo demais parlamentares - que pede o envio de mensagem de pesar aos familiares do ex-governador. 
“Ontem tivemos aqui nesta Casa um fato que não queríamos ter, que foi o velório do ex-governador, senador e atual deputado federal Castelo que deixa uma referência para o Maranhão”, acentuou Júnior Verde. 
"Lamentamos o falecimento  de João Castelo, desejando que Deus possa dar a paz a toda a família, aos parentes, e aos seus amigos”, disse Marco Aurélio.
 
Sergio Frota disse que João Castelo foi um grande homem público e que continuará sendo na história do Maranhão.  Ele afirmou que cresceu vendo a trajetória política de Castelo, suas derrotas, suas vitórias, mas, acima de tudo, o que foi comum em todo este tempo: suas conquistas. 
"Como gestor, Castelo foi um visionário, idealizou e executou obras que até hoje estão aí; obras que beneficiaram milhares de maranhenses em todos os setores”, acentuou ele, acrescentando que, na educação foi o responsável pela consolidação da UEMA; no esporte criou a primeira Secretaria de Esporte e Lazer, no Brasil. Para Justiça, iniciou a construção do Fórum de São Luís; na Assistência Social, construiu os bairros  Maiobão e Cidade Operária, dentre tantas outras obras de grande alcance.
 
Ele acentuou ainda que o legado de João Castelo foi tão grande que pouquíssimas pessoas conseguem dizer com propriedade todas as suas obras.
Isso o coloca indiscutivelmente no lugar mais alto da administração pública do nosso Estado. Enquanto alguns passam a vida agarrados a uma ou a outra realização, Castelo as tinha de forma incontável. Como político, Castelo também foi um tocador de obras. Muitos dos que hoje fazem política em nosso Estado foram colocados nela por ele ou tiveram suas carreiras alavancadas com sua ajuda.  Que a morte de João Castelo não nos sirva apenas de exemplo para o quanto podemos contribuir para a sociedade; também é preciso voltar o olhar para nós mesmos e tentarmos, ao máximo, sermos pessoas melhores. Castelo teve seus defeitos e qualidades, seus erros e acertos, pois era humano, só que suas conquistas exigem de todos nós a lembrança de um grande ser humano”, finalizou Sérgio Frota. 
 
Geração de empregos
 
Eduardo Braide também destacou que Castelo foi um realizador de inúmeras obras que até hoje servem à população de São Luís e do Maranhão como um todo. “Não é por menos que o saudoso João Castelo sempre teve uma legião de seguidores; qualquer cargo que o mesmo se candidatasse ele sempre teve o sucesso nas urnas por conta de seu trabalho, por  conta de seu reconhecimento e também do ser humano que era. João Castelo sempre preocupado em gerar empregos, sempre preocupado em não desempregar as pessoas. Fica aqui a nossa homenagem e que Deus abençoe toda a família do ex-prefeito João Castelo”. 
 
Rafael Leitoa lembrou que João Castelo foi um dos governadores que mais trabalhou pelo município de Timon, com obras importantes na cidade como,  por exemplo, uma das últimas escolas de ensino médio, a Unidade Escolar João Lula. 
"Também quero aqui me solidarizar com as famílias e com os amigos do ex-governador do Estado do Maranhão, ex-senador, ex-prefeito de São Luís e deputado federal João Castelo que, além de grande político, era muito amigo da nossa família. Em tempos de campanha para o governo do Estado, sempre esteve presente no município de Pedreiras.  Temos muito carinho pelo senador como também pela dona Gardênia”, finalizou Rafael Leitoa. 

Suplente mandou matar vereador eleito em Godofredo Viana, diz policia 


A Polícia Civil apresentou ontem (12) o vereador José Gomes da Silva, o Zé Bode (PR), como principal suspeito de ser o mandante do assassinato do vereador eleito de Godofredo Viana César Augusto Miranda, o César da Farmácia.
O crime ocorreu na última quarta-feira (7).
Zé Bode ficou apenas na primeira suplência na eleição de 2012, mas virou vereador já em 2016 após a cassação do vereador Júnior Matos, do DEM.
Na eleição de outubro de 2016, nova decepção Zé Bode ficou novamente como primeiro suplente, apenas 21 votos atrás de César da Farmácia – 265, contra 244. Foi esse, para a polícia, o motivo do assassinato.
Segundo o delegado regional de Zé Doca, Samuel Farias, o crime foi realizado por dois homens que chegaram ao estabelecimento comercial de propriedade da vítima e efetuaram disparos contra César Augusto.
Para chegar até o principal suspeito, integrantes das polícias Civil e Militar analisaram imagens de câmeras de segurança da farmácia e constataram que um dos autores dos disparos possui ligações com José Gomes.
Força Tática do 2ºBPM com apoio da PM do Piaui prende assaltantes que roubaram joalheria no centro de Caxias 

Ronaldo Moura (pai),, Wesley Moura (filho) e Derlan Lisboa (fotos @ºBPM)
No final da manhã desta segunda-feira (12), com emprego de arma de fogo,  um trio assaltou uma joalheria localizada na Rua Libânio Lobo, no centro de Caxias. 

Após o assalto as equipes da Força Tática e do Serviço de Inteligência do 2ºBPM estiveram no local onde colheram imagens e informações da ocorrência. As imagens e informações foram compartilhadas com a co-irmã Polícia Militar do Piauí, que conseguiu identificar um dos suspeitos. Ele foi identificado como Derlan Lisboa de Aquino, vulgo “Dé”, de 27 anos. Derlan é monitorado por tornozeleira eletrônica e reside em Timon/MA. Por volta das 19h00 a Força Tática do 8º Batalhão de Polícia Militar da PM/PI conseguiu interceptar e prender Derlan na capital piauiense em uma Toyota Hilux com registro de roubo e furto.



Derlan foi recambiado para Caxias e informou o local onde estavam as joias roubadas. Ele apontou o esconderijo dos outros dois envolvidos localizado no Residencial Eugênio Coutinho.

Dando continuidade às diligências, a Força Tática e o Serviço de Inteligência do 2º BPM, com apoio da Força Tática do 8º BPM da PM/PI, fizeram o cerco na casa dos outros dois envolvidos e prenderam Ronaldo Maciel de Moura, de 46 anos e Wesley Lucas da Silva Moura, de 24 anos (pai e filho, respectivamente). Os dois são de Uberlândia (MG) e residem  no Eugênio Coutinho.



No local os policias militares também apreenderam todas as joias roubadas, totalizando 511 (quinhentas e onze) peças, entre relógios, anéis, pingentes, broches, pulseiras, etc. Os PMs também apreenderam com os assaltantes uma pistola calibre 380 municiada com sete cartuchos.

Além dos objetos já citados também foram apreendidos equipamentos como maçarico, lixadeira/cortadeira e máquina de solda, pertencentes aos assaltantes.

Todos foram apresentados no Plantão Central de Polícia Civil de Caxias para os procedimentos legais.

fonte Diário de Caxias com informações do 2ºBPM 

CGU, MP e Policia Civil investigam fraudes em 17 prefeituras do MA 


O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Civil e o Ministério Público do Maranhão (MPMA) realizam desde as primeiras horas da manhã de hoje (13) a Operação Cooperari.
A ação visa a desarticular organização criminosa que desviava recursos, inclusive do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), de prefeituras municipais maranhenses, por meio da contratação de cooperativas.
A investigação teve início após o MPMA verificar que a Cooperativa Maranhense de Trabalho (Coopmar) aparecia como maior contratada para a execução de serviços de transporte, limpeza, vigilância e outros serviços gerais em prefeituras de municípios do estado. A CGU já emitiu cinco notas técnicas referentes à análise de licitações e está realizando auditoria em três dos 17 municípios contratantes da Coopmar.
A análise das notas apontou diversas irregularidades, como: indício de montagem de licitação; subdimensionamento de valor a ser pago por profissional para afastar interessados e direcionar o objeto da contratação; admissibilidade inapropriada de participação de cooperativa; superdimensionamento da quantidade de profissionais terceirizados; ausência de publicação da convocação; termo de referência incompleto, ambíguo e impreciso; entre outras.
A investigação também apurou que alguns cooperados dirigentes receberam, diretamente ou por meio de suas empresas, cifras milionárias, enquanto a maioria dos trabalhadores recebia um salário mínimo mensal. Durante as investigações e a partir das solicitações feitas pela CGU, já foi possível recuperar mais de R$ 3 milhões em contribuições previdenciárias que haviam sido retidas dos trabalhadores, mas não eram declaradas nem recolhidas aos cofres da Previdência Social.
Estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em residências e empresas nos municípios maranhenses de São José de Ribamar, São Luis e Paço do Lumiar. Foram bloqueadas contas de 15 pessoas físicas e jurídicas, além do sequestro e da indisponibilidade de oito imóveis e 11 veículos dos envolvidos. A operação conta com a participação de 45 policiais civis, 13 auditores da CGU, dois promotores de Justiça e 8 servidores do MPMA.
Justiça Eleitoral diploma eleitos em Caxias nesta sexta, no Fórum Des. Arthur Almada Lima   

Vereadora Irmã Nelzir recebendo o diploma em 2012 ao lado do esposo Assis
(foto arquivo do Blog)  
A Justiça Eleitoral marcou para esta sexta-feira (16), a diplomação do prefeito, vice-prefeito e vereadores eleitos e reeleitos nas eleições de outubro deste ano em Caxias. A solenidade de diplomação será a partir das 15h no auditório do Fórum Desembargador Arthur Almada Lima com a presença de várias autoridades. 

Também serão diplomados, na ocasião, os suplentes de vereador.

A vereadora reeleita Irmã Nelzir, integrante da base de apoio na Câmara Municipal da administração do prefeito eleito, Fábio Gentil, disse que as expectativas são boas para o novo governo que vem trabalhando na montagem da equipe de trabalho. 

A parlamentar evangélica vai exercer seu 2º mandato de vereadora na Casa do Povo.   

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

João Castelo quebrou as regras, sonhou alto e contribuiu para agitar a vida politica do Maranhão nas ultimas décadas 

do Repórter Tempo

O Maranhão das raposas políticas encolheu ontem com a morte do deputado federal, ex-governador, ex-senador e ex-prefeito de São Luís João Castelo (PSDB), aos 79, em São Paulo, onde há meses lutava contra uma série de problemas de saúde. Nascido político nas entranhas do sarneysismo nos anos 70 do século passado, João Castelo construiu uma trajetória ímpar, que o levou ao Governo do Estado pelas mãos do então senador José Sarney (Arena) e o aval do senador Alexandre Costa (Arena) e lhe abriu por meio do qual alcançou altos e baixos, sempre embalado por partidários fiéis. No comando do Estado, a criatura decidiu não permanecer submetido à tutela do criador, procurou ocupar espaço e trilhar o seu próprio caminho, para se tornar o contraponto ao Grupo Sarney e, assim, quebrar a estrutura de dois blocos criada pela ditadura e representar uma espécie de terceira via da política maranhense, atraindo segmentos que permaneciam em situação de desconforto na seara sarneysista. O político que partiu ontem foi um misto de carisma e ousadia, movido por surpreendente autoconfiança – que muitos interpretavam como arrogância – e muita disposição para o embate, e que se tornou um líder vitorioso, apesar dos vários e graves revezes que marcaram sua caminhada.
Caxiense nascido a 19 de outubro de 1937, filho de desembargador, destinado, portanto, a trilhar a vida pública, como mandava a tradição, João Castelo Ribeiro Gonçalves iniciou sua trajetória nos quadros do Banco da Amazônia, de onde saiu para eleger-se deputado federal em 1970 e reeleger-se em 1974. Nos primeiros oito anos em que viveu em Brasília como deputado federal, aproveitou para cursar Direito, estudando à noite. Em 1979 chegou ao Governo do Estado escolhido pelos militares por indicação do então senador José Sarney, para em seguida eleger-se senador em 1982, deputado federal em 1994 e 2002, prefeito de São Luís em 2008 e para a Câmara Federal em 2014. No contraponto, amargou uma derrota para o Governo do Estado em 1990 contra o senador Edison Lobão, uma para a Prefeitura de São Luís em 1996 contra o ex-prefeito Jackson Lago, e uma para o Senado em 1998 contra o ex-governador Epitácio Cafeteira. Seu último revés eleitoral aconteceu em 2012, quando não conseguiu reeleger-se prefeito de São Luís na disputa com deputado federal Edivaldo Jr.. As conquistas e as derrotas mostram que João Castelo foi um dos políticos mais ativos dos anos de 1970 do século passado para cá, podendo ser incluídas entre suas vitórias a espetacular vitória da sua mulher, Gardênia Castelo, para a Prefeitura de São Luís em 1985, numa eleição histórica contra o então influente deputado federal Jaime Santana, apoiado pelo então presidente José Sarney, com o slogan “Força Total”.
Inteligente, perspicaz, carismático e sempre disposto ao embate com adversários, João Castelo foi também um político movido pela emoção, que o levava de gestos de ternura a explosões externadas em discursos ácidos e ferinos. Dono de um forte poder de comunicação por meio do qual atraiu milhares de apoiadores fiéis e enfrentou a ira de muitos os que não o apoiavam.
Nas condições em que chegou ao Governo do Estado em 1979, João Castelo teve tudo para cumprir fielmente o roteiro traçado por José Sarney e eleger-se senador e dar prosseguimento a uma carreira que poderia levá-lo onde almejasse inclusive voltar ao Palácio dos Leões. Mas o seu sucesso administrativo – proporcionado pelo draconiano saneamento financeiro feito no Estado pelo seu antecessor, governador Nunes Freire – e a possibilidade de se tornar um cacique com força para enfrentar José Sarney e a oposição então comandada Cid Carvalho, Renato Archer e Epitácio Cafeteira, o levaram a rebelar-se contra o seu patrono político. O racha foi desenhado na sua sucessão, em 1982, quando colocou Sarney contra a parede com uma série de exigências, ameaçando bandear-se para a oposição se não fosse atendido: tirar o tio do senador, deputado Albérico Ferreira, da presidência da Assembleia Legislativa, e lá instalar o deputado Ivar Saldanha; e fazer do primo, o então secretário de Obras, João Rodolfo Ribeiro Gonçalves, candidato a vice-governador na chapa do deputado federal Luiz Rocha, que não queria como candidato a governador. Apostando na conciliação, Sarney atendeu, o grupo teve sucesso nas eleições, mas as relações nunca mais seriam as mesmas, e logo se deu o rompimento.
O primeiro grande confronto de João Castelo com José Sarney se deu em 1984, quando o PDS do Maranhão se dividiu entre as pré-candidaturas de Mário Andreazza e Paulo Maluf, na escolha do candidato do PDS a presidente da República. João Castelo se juntou a Alexandre Costa e comandou o grupo maranhense de apoio a Maluf na convenção do partido. Sarney, então presidente nacional do PDS, liderou o grupo de apoio a Andreazza. Os malufistas levaram a melhor. Só que Sarney jogou a maior de todas as cartadas da sua vida: deixou o PDS, rompeu com os generais e, juntamente com o então vice-presidente Aureliano Chaves e o senador Marcos Maciel, criou a Frente Liberal, levando o grupo a apoiar o candidato da oposição, Tancredo Neves (PMDB). Sarney ingressou no PMDB, se tornou vice de Tancredo, a chapa venceu a eleição presidencial, Tancredo adoeceu e morreu e Sarney se tornou presidente da República, comandante do processo de transição da ditadura para a democracia, fundando a Nova República.
No novo cenário, João Castelo preferiu se manter como adversário do agora presidente José Sarney, mesmo sabendo que pagaria preço alto. Nas eleições para prefeitos das capitais, as primeiras na Nova República, o Grupo Sarney lançou o deputado federal Jaime Santana (PMDB). Num gesto de audácia, João Castelo lançou a esposa Gardênia Castelo, que pontificara no seu Governo como uma primeira-dama carismática, ativa e influente. Foi uma medição de forças díspares: o poder político e financeiro contra a popularidade do líder e o carisma da candidata, comportando comparações do tipo Davi contra Golias, o Tostão contra o Milhão, e por aí vai. Depois de uma campanha renhida, e contrariando pesquisas e prognósticos, Gardênia Castelo foi eleita, dando um golpe duro no prestígio do presidente José Sarney e alimentando a rebeldia política de São Luís. O troco veio em seguida: Sarney trancou todas as torneiras ministeriais para São Luís e Gardênia Castelo, sem qualquer ajuda federal ou estadual, amargou uma gestão sem realizações.
Senador em fim de mandato e sem maiores perspectivas, João Castelo enxergou no projeto político de Fernando Collor de Mello a sua via de sobrevivência. Filiou-se ao PRN e se engajou na campanha do “caçador de marajás” 1989, tornando-se um dos homens de proa do presidente eleito. Tanto que semanas depois da eleição, Collor de Mello desembarcou em São Luís para, numa empolgada reunião com lideranças no Lítero, anunciar que a partir daquele momento João Castelo seria o seu representante político no Maranhão, “para enterrar de vez essa oligarquia”. Foi com esse cacife que João Castelo foi para a eleição de governador em 1990 contra o senador Edison Lobão (PFL). Favorito nas pesquisas, venceu o primeiro turno, mas numa guinada sem precedentes, Lobão deu uma virada espetacular e venceu a eleição. Sem mandato, derrotado e vendo o Governo Collor de Mello naufragar na corrupção, João Castelo tentou a Prefeitura de São Luís em 1996, mas, mesmo apoiado pelo senador Epitácio Cafeteira e pela prefeita Conceição Andrade, foi derrotado por Jackson Lago (PDT).  Em 1998 se elegeu deputado federal, reelegendo-se em 2002.
Marcado por uma série de tropeços eleitorais que amargara na última década do século XX, João Castelo ingressou no século XXI como deputado federal, reelegendo-se em 2002, mas sofrendo mais uma derrota em 2006, numa disputa para o Senado com Epitácio Cafeteira nas históricas eleições em que Jackson Lago derrotou Roseana Sarney. E surpreendeu o Maranhão ao vencer a disputa para a Prefeitura de São Luís em 2008, batendo Washington Oliveira (PT). Quatro anos mais tarde, em 2012, tentou a reeleição, mas foi derrotado por Edivaldo Jr. (PTC), encerrando suas lutas por cargos executivos. Encerrou a carreira com uma vitória em 2014, quando retornou à Câmara Federal.
O fato é que, com suas ousadia e vontade de poder, João Castelo quebrou as regras e deu mais intensidade à vida política do Maranhão nos últimas quatro décadas.