Era
1° de Agosto de 2017, uma terça-feira, data em que se comemorava os 194 anos da adesão
de Caxias à Independência do Brasil. No raiar desse dia a cidade assistia o
início da implantação do novo sistema de transporte coletivo do município. Mais
de uma dezena de ônibus, 14 no total, da empresa Linux, de São Luís, começava a circular
diuturnamente na cidade. Com a chegada dos “amarelões”, saiam de cena os
micro-ônibus que há anos serviam a população, o que causou desemprego e revolta
em dezenas de caxienses que tiravam seu sustento a partir desse serviço. Sem
sequer ouvir a população ou buscar um acordo com os prestadores do transporte
coletivo alternativo, o serviço foi iniciado com a promessa de ser moderno,
ágil, pontual e barato.
A
prefeitura fez questão de divulgar como passaria a ser o serviço. Na propaganda
era anunciada a entrada em circulação de dezenas de veículos novos e adaptados
com elevadores acessíveis a portadores de necessidades especiais. Também era
destacada a experiência da empresa Linux, com mais de 40 anos de atuação no
setor. Outro destaque que chamava atenção na propaganda gentilista era a
abrangência e a frequência das rotas, pois segundo a Secretaria de Transportes,
as mesmas abrangeriam toda a zona urbana da cidade, com as seguintes linhas: COHAB 01, COHAB 02,
AEROPORTO, CIDADE JUDICIÁRIA, RESIDENCIAL EUGÊNIO COUTINHO, FUMO VERDE,
MATADOURO NOVO, PONTE/SALOBRO, CONJUNTO SABIÁ, TESO DURO, VILA PARAÍSO, VOLTA
REDONDA E CALDEIRÕES. Com ônibus disponíveis de segunda a domingo, sendo
que aos sábados circularia 60% e aos domingos 30% da frota. O horário de
funcionamento era de 06:25 da manhã as 23:00 horas, com intervalo entre os
ônibus de apenas de 35 minutos. Melhor do que isso, segundo a propaganda
oficial, seriam a implantação do aplicativo, a bilhetagem eletrônica e o
sistema de integração entre as linhas. O que possibilitaria a utilização de
dois percursos pagando apenas uma passagem.
Hoje (acesse aqui http://www.fortalbus.com/2017/08/linux-transportes-inicia-suas-operacoes.html),
revendo a propaganda da época, a mesma soa como um deboche, pois não há
integração de rotas, aplicativo nenhum, nem bilhetagem eletrônica, muito menos
pontualidade, pois as pessoas esperam até três horas para pegar um coletivo. Enfim,
por obra e graça do “prefeito Gentil”, o que restou para os caxienses foi, sem
dúvida, o pior serviço de transporte coletivo do mundo!