(imagem ilustrativa) |
Por: Cesar Sabá (Opinião & Politica)
No
último dia 21, a Secretaria de Estado da Educação do Maranhão divulgou o
resultado preliminar do processo seletivo simplificado para contratação temporária
de professores. O mesmo teve suas inscrições realizadas no início do mês através
da página da secretaria. Os candidatos enviaram seus títulos e comprovações de
experiência docente digitalizados para serem avaliados pela Seduc. Chama a
atenção, primeiramente, o fato de o seletivo estar sendo realizado apenas agora,
em maio, considerando que oficialmente o ano letivo da rede estadual teve
início no dia 11 de fevereiro último, portanto há quase quatro meses atrás, o
que demonstra a negligência do poder público estadual com a educação. Ainda
mais se levarmos em consideração que as vagas a serem preenchidas estão em
aberto desde o final do ano passado, sendo uma necessidade plenamente conhecida
pela Seduc. Dessa forma, faltam professores nas mais diversas disciplinas, em
várias escolas da rede. Lembrando que o ano letivo já se encontra quase na sua
metade.
Outra coisa que chama a atenção é a falta de
transparência em relação ao resultado do seletivo, já que o mesmo causou
revolta e indignação em centenas de candidatos que foram surpreendidos com o
inexplicável rebaixamento de suas pontuações (notas), e, consequentemente, suas
respectivas posições na classificação. Algo ocasionado, por exemplo, pelo fato
de que vários meses de experiência profissional foram misteriosamente ignorados
no processo de avaliação. Os candidatos lesados recorreram, mas sem grandes
expectativas em relação à correção dos erros cometidos pela Seduc. Seria o
momento do governo do estado explicar como alguns candidatos com menos títulos
e menor tempo de experiência conseguiram ocupar as primeiras colocações, sendo
que a única coisa que os “diferencia” dos outros é serem parentes ou
apadrinhados de deputados. Como muito provavelmente o governo não vai explicar
nada sobre isso, os professores que participaram do seletivo seguirão prejudicados
com esse golpe comunista, e a educação no nosso estado seguirá fragilizada por
conta da ingerência política de um governo clientelista e descompromissado com
o mais importante instrumento para o nosso desenvolvimento, que é a educação